13 de maio, dias das Mães. Vila Nova era líder do campeonato com 4 vitórias seguidas, o time jogava bem e o ataque funcionava. Nosso maior rival tinha apenas 1 ponto até então, a defesa era uma peneira e a bagunça dentro e fora de campo reinava pelos lados da Moxelândia.
Era dia de jogo no Serra contra a Ponte Preta. Após comemorar a data especial com a família, chamei um Uber e desci pro estádio animado com as brejas tomadas e com a ótima fase do meu time.
Geovano, o motora do Uber, um ex-jogador profissional e que estava iniciando a carreira de treinador em times amadores de Goiânia, em certo momento fez uma previsão que me soou mais como uma praga de moxé (e eles são bons nisso): “O Goiás sobe e o Vila não, pode escrever”.
Esse cara só pode estar louco, pensei. Com esse time o Goiás não tem condições alguma de subir, joguei minha praga de volta.
Mas pelo andar da carruagem percebe-se que praga de Vilanovense não funciona muito bem. Em 100 dias nosso ataque inexiste, não figuramos nem no G4, estamos longe da Série A e a bagunça dentro e fora de campo se instalou por aqui. Enquanto isso vemos nosso maior rival com um pé na elite tupiniquim.
Mas quer saber? Que se dane a boa fase do rival, o Geovano e toda a laia dele. Aqui é Tigrão. Vamos pra guerra de cabeça erguida porque não somos modinha. Não ficamos sentados no sofá esperando a boa fase pra poder berrar por aí o nome do meu time. Fazemos isso na fase boa e na ruim também. Temos orgulho de ser quem nós somos e é isso que mais irrita a torcidinha de lá. Eles não conseguem entender tanta paixão e nunca conseguirão porque não sabem o que é isso.
Bora pro Serra. E se topar com Geovano de novo, darei uma estrela pra esse fdp.