Há duas corridas contra o tempo em relação à covid-19: uma pela vacina e outra pela cura.
Grandes empresas mundiais estão fazendo seu máximo para conseguir progressos – até porque, além da conquista para toda a humanidade, isso significa dinheiro também.
Uma dessas empresas é a Eli Lilly & Co. – ou simplesmente Lilly – farmacêutica estadunidense de Indianápolis e com muita história: fundada em 1876, saiu dela uma das primeiras organizações de pesquisa do ramo, além de ter produzido a primeira insulina comercial e liderado a produção em massa da vacina contra a poliomielite, entre outros fatos.
O histórico faz acreditar no novo projeto da companhia: produzir um medicamento específico para o tratamento da covid-19.
E os avanços já vieram: a produção em laboratório de dois anticorpos, este mês, está passando para a fase de teste em humanos.
A meta é ambiciosa: se tudo der certo com qualquer uma das terapias, o objetivo é lançar o remédio já em setembro.
Há ainda estudos pré-clínicos para combater a doença com um terceiro tratamento com anticorpos, que pode entrar em ensaios clínicos em humanos nas próximas semanas, segundo declarou o diretor e cientista Daniel Skovronsky à agência Reuters.
São medicamentos biotecnológicos, chamados anticorpos monoclonais. Substâncias assim são bastante usadas no tratamento de câncer, artrite reumatóide e outras enfermidades.
Um fármaco do tipo anticorpo monoclonal desenvolvido contra o covid-19 muito provavelmente será mais eficaz do que qualquer medicamento reaproveitado de outros tratamentos, atualmente sendo testados contra o vírus.
Skovronsky disse que as terapias – que também podem ser usadas para prevenir a doença – podem derrotar uma vacina para uso generalizado como tratamento à covid-19, se forem eficazes.
“Para a indicação do tratamento, particularmente, isso pode ser bastante rápido”, disse ele. “Se em agosto ou setembro estivermos vendo as pessoas que foram tratadas [com outros medicamentos] não estão progredindo para hospitalização, seria um dado poderoso e poderia levar à autorização de uso emergencial”.
Vacinas contra o coronavírus que estão sendo desenvolvidas e testadas a uma velocidade sem precedentes provavelmente não estarão prontas antes do final do ano.
No início deste mês, a Lilly anunciou que havia iniciado o teste de pacientes para dois tratamentos separados de anticorpos. Um atualmente designado LY-CoV555 está sendo desenvolvido em parceria com a biotecnologia canadense AbCellera. O outro, JS016, está sendo desenvolvido pela farmacêutica chinesa Shanghai Junshi Biosciences.
Ambos funcionam bloqueando parte da chamada proteína de pico do vírus que ele usa para entrar nas células humanas e se replicar.
O terceiro candidato ao tratamento com anticorpos da Lilly atua em uma parte diferente do vírus e provavelmente será testado em combinação com um ou ambos, disse Skovronsky.
Com informações do jornal The New York Times.
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