Vamos discutir os rumos da educação do Brasil?
1 O novo ministro chega ao MEC indicado por um astrólogo que não completou o ensino fundamental, que se intitula filósofo autodidata, que diz não ter provas nem de que a Terra seja um globo nem que seja plana e que Isaac Newton disseminou uma “burrice formidável” na sociedade ocidental.
2 O MEC coloca dentro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), como responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um sujeito acusado de plágio. Com o escândalo sendo explorado, voltam atrás, o tiram desse cargo, mas o “escondem” em outro no mesmo instituto.

3 O titular nomeado para a presidência do Inep dá uma entrevista dizendo que vai descontaminar os “cidadões” da postura ideológica trazida para a escola por “pseudos intelectuais“.
4 Depois de cometer os atentados à língua portuguesa citados acima, o cidadão titular do Inep diz que vai dar uma olhada antecipada nas questões da prova do Enem para ver se não tem abusivo e que uma das razões pelas quais ele está no órgão é “por respeitar os seus netos e a infância das outras crianças”.
5 Um colunista denuncia que tiraram do acervo digital do Instituto Nacional de Educação dos Surdos/Ines (sob tutela do MEC) vários vídeos sobre personalidades da esquerda. O MEC resolve desqualificar o jornalista, tachando-o de ter sido agente da KGB(!) e dizendo que os vídeos já tinham sido tirados do ar no ano passado. O mesmo jornalista prova que os vídeos estavam no ar até o início do ano.
Em resumo, temos:
1 O guru do governo chamando Newton de burro;
2 Um plagiador escondido no ministério;
3 O cara que vai mandar no Enem que não domina o português;
4 O cara que vai mandar no Enem e não domina o português diz que vai conferir as questões do Enem;
5 Um órgão oficial da educação que censura conteúdo educacional e que responde a uma denúncia grave atacando o mensageiro.
Como diziam em um conhecido seriado ao pedir socorro: E agora, quem poderá nos defender?